O tempo que sempre nos falta.
- Jem Mourão
- 5 de abr. de 2017
- 2 min de leitura
O tempo é algo estranho, às vezes parecem que os dias voam e as horas passam lentamente. Outras vezes enfrentamos períodos de dificuldades na vida que parecem ser longos demais e nunca terminar. Contraditoriamente lembramos de bons momentos ,da infância, de um encontro,ou experiência de maneira sútil e que as vezes acabamos por esquecer até mesmo de detalhes. O tempo é o mais relativo dos detalhes , das razões,das emoções. Corremos atrás dele,sempre tentando dar conta das mil atividades com as quais preenchemos nossa rotina. E quanto mais tempo temos, mais tentamos nos ocupar. E quanto mais ocupados mais queremos tempo. Parece mesmo uma conta que não fecha.

A tecnologia nos ajudou muito na busca do tempo. Celulares, e-mail,microondas, carro,internet,tudo isso nos tornou mais ágeis em tarefas simples do dia-a-dia, mas por outro lado nos tornou mais instantâneos, imediatistas e impacientes.Quem mas hoje em dia senta em frente a calçada só para ver o movimento da rua,ou tem paciência para plantar uma horta, ler uma história para uma criança,ou passear e curtir um pôr-do-sol ao lado do seus bichinho de estimação.Estamos sempre em frente aos celulares e computadores. Responder todos os e-mails e grupos de mensagens é uma tarefa desgastante e quase impossível. Parar para ler um livro de poesia e apreciar uma música sem pensar em mais nada, ah é quase um tipo de gente em extinção.

É o trabalho , o trânsito, faculdade,as atividades domesticas rotineiras ,filas em todo lugar. O nosso tempo é drenado como sangue sem nos darmos conta. Não é só tempo de relógio, tempo de dormir e descansar. É um pedacinho da nossa vida e de nós mesmos que perdemos a todo instante. No sentido pós-moderno da palavra (rev. industrial) o tempo se tornou mercadoria, com valor econômico, onde o trabalhador vende não só seu trabalho e sim seu tempo. Seguindo esse contexto, quanto mais tempo perdemos, mais pobres e velhos ficamos.
Mas mesmo que sejamos hiper produtivos, conectados , cheio de agendas, e métodos de organização. Mesmo que tenhamos pressa, a tecnologia não é capaz de nos fazer viver o dobro.
Temos só uma vida , e com validade não determinada,será que mais vale perder tempo em prol de algo, ou nos perdermos no tempo em prol de nós mesmos?
Até a próxima.
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